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Globalização e Suas Implicações: Uma Analise Do Conflito no Norte de Moçambique

 Por, Alfredo J. A. Gamito. Hoje em dia, as sociedades sentem cada vez mais os impactos da globalização tanto no âmbito interno das nações como no âmbito externo ou internacional. A globalização começou a ganhar destaque a partir do século passado, nos anos de 1960 com difusão dos mercados de capitais e a posterior interdependência económica entre as nações. Porém, a sua origem como palavra está provavelmente associada as produções literárias francesas e americanas. O conceito encontra hoje expressão em todas as grandes línguas do mundo e provavelmente as de menor expressão desde que foi recriado em 1983 por Theodore Levitt e popularizado por Kenichi Ohmane em 1990. No entanto, várias são as heranças mediadoras que podemos equacionar como tendo estado na génese da sua formulação actual, como o iluminismo, imperialismo, internacionalismo, o pacifismo, o modernismo e o pós-modernismo, assim como o universalismo e o mundialismo, podemos considerar como meio «inspiradores» para um con...

COP26 e o Desafio que se Impõe Para Moçambique: Transição Energética.

 Por Amade Casimiro Nacir COP26 é a sigla institucionalizada para designar a vigésima sexta Conferência de Partes (Conference of Parties – COP). Conferência de Partes que assinaram a Convenção Quadro das Nações Unidas Contra às Mudanças Climáticas, ou para o combate às mudanças climáticas. Às partes são então os Estados. Essa conferência realizou-se no ano passado, em Glasgow, na Escócia, Reino Unido. Ora, como habitual nas COPs, em Glasgow discutiu-se sobre os desafios, perspectivas, avanços e recuos inerentes as mudanças climáticas.  E vários assuntos foram discutidos, culminando com o Pacto Climático de Glasgow (tradução livre de Glasgow Climate Pact). Os pontos a atentar, relacionados ao pacto são: o reconhecimento da emergência climática que já ocasiona consequências adversas; por isso a necessidade de acelerar a acção climática; deixando de usar os combustíveis fósseis; o que necessita esforços para o financiamento climático; apoio para adaptação; operacionalização de to...

Responsabilidade Social da Empresa em tempos de Mudanças Climáticas

Acrescentemos ao título, “em tempos de mudanças climáticas de origem antrópica, de origem humana”. Porquanto, mudanças climáticas é um fenómeno que acompanha a evolução humana, porém, nos últimos tempos temos verificado alguma acentuação nas causas, intensidade e consequências das mudanças climáticas. E para melhor percebermos o porquê desse incremento, talvez as quatro revoluções industriais oferecem elementos de elucidação (Nacir, 2018) . Primeiro, temos a revolução industrial inglesa (séculos XVI e XVII), isto é, 1765 e a criação da máquina à vapor, máquina de tecer e o uso do comboio como dos principais meios de transporte de mercadorias.   Segundo, a revolução de 1870 – descoberta da eletricidade, descoberta e uso do gás natural (e a produção de fertilizantes para o uso agrícola) e a descoberta do petróleo. Terceiro, a revolução nuclear e tecnológica de 1969, porquanto houve nesse período a descoberta da energia nuclear e os avanços tecnológicos. Quarto, por fim, a revolução...

Conversas sobre (i) Desenvolvimento Sustentável e (ii) Relações entre Povos.

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Um novo mecanismo de avanço do debate sobre diversos assuntos: conversas, abertas e inclusivas, com a possibilidade de contribuição simbólica pelos participantes (acima de 50mt) .  O objectivo é de tornar o conhecimento acessível e facilitar a percepção do mundo, a agentividade e a tomada de decisão. O primeiro  encontro esta marcado para o dia 23 de dezembro, quarta feira, via Google Meeting, a decorrer entre 16h45-18h. Para participar, basta enviar-nos uma mensagem. Pode nos contactar aqui, no Instagram, YouTube e Facebook .   

Impacto ecológico e impacto ambiental: falamos do mesmo fenómeno?

Muitas vezes usamos inadvertidamente as noções de impacto ecológico e impacto ambiental. Poucas vezes, entretanto, nos indagamos se existe aí uma relação de sinonímia. Vejamos de forma breve e exemplificada a diferença e semelhança entre ambas ideias. A pertinência dessa análise fundamenta-se no facto dessas palavras estarem constantemente a ganhar uso devido ao desiderato do desenvolvimento sustentável, qual acompanha as nossas vidas, directa ou indirectamente. Talvez, antes, seja prudente voltar aos conceitos de ecologia e de ambiente. Por um lado, ultimamente a palavra ambiente tornou-se polissémica. Mas atentemos para a definição de Canivet, Lavrysen e Guihal (27 :2006) que consideram o ambiente como aquilo que nos circunda. Primeiro, acaso informar que a ideia inicial sobre o que nos circunda está relacionada à aspectos naturais, isso é, que não foram produzidos pelo Homem. Segundo, de forma quase desafiadora a ideia precedente, temos de notar que, nós somos também circundad...

A Nossa Culpa

A Nossa Culpa ….   …   … ……. L : Ah! Mas de quem é a culpa? Porquê estamos nesta situação? B : Talvez a culpa seja de todos nós. Uns até contribuem para a desmeritarizição da sociedade. para a valorização do demérito na sociedade. Outros, apáticos, assistem esse processo. E poucos tentam melhorar alguma coisa. Doutro modo, li noutra vez que 33% das pessoas procuram fazer algo de errado, outros 33% procuram fazer algo de certo e outros 33% assistem essa dualidade. C : Hummmmm!!! Como assim? B : Veja que todos reclamamos dos problemas sociais existentes, i.e., corrupção, criminalidade, degradação moral, por aí em diante. Mas poucos nos perguntamos qual é o nosso papel nesses problemas. Tanto na causa, assim como na resolução. L : Não percebo. Podes elaborar? B : Dizem que os exemplos nos ajudam a compreender melhor, então, vou exemplificar. Veja os motoristas e cobradores de chapa/transportes públicos (chapeiros); alguns deles encurtam rotas, outros não cumprem com...

A esperança não é um sentimento imaginário e nem distante, mas prático e próximo!

A esperança não é um sentimento imaginário e nem distante, mas prático e próximo! Quando pensamos em esperança, a priori lha percebemos como um ideal. A esperança é tida como algo teórico que não oferece conteúdo prático, e se oferece é de forma distante e não próxima. Por isso que a importância da palavra esperança é relativamente baixa. Pensemos na frase “tenha esperança que os problemas irão acabar”. Essa frase nos transmite a ideia de futuro, de distância (“os problemas IRÃO acabar,” mas “não acabaram”). E muitas vezes, termina aí. Poucos são os que agem paralelamente a esperança. Muitos esperam, tanto é que, a esperança é um substantivo que se relaciona etimologicamente ao verbo esperar, ESPERA[R]nça. Entretanto, a palavra esperança não pode nos deixar inativos. A esperança não é imaginaria, mas prática. Porquanto, existe a necessidade de manter a acção para que a esperança se materialize. Certo, a esperança é uma crença. E muitas vezes confundimos crença com inação. Por iss...