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COP26 e o Desafio que se Impõe Para Moçambique: Transição Energética.

 Por Amade Casimiro Nacir COP26 é a sigla institucionalizada para designar a vigésima sexta Conferência de Partes (Conference of Parties – COP). Conferência de Partes que assinaram a Convenção Quadro das Nações Unidas Contra às Mudanças Climáticas, ou para o combate às mudanças climáticas. Às partes são então os Estados. Essa conferência realizou-se no ano passado, em Glasgow, na Escócia, Reino Unido. Ora, como habitual nas COPs, em Glasgow discutiu-se sobre os desafios, perspectivas, avanços e recuos inerentes as mudanças climáticas.  E vários assuntos foram discutidos, culminando com o Pacto Climático de Glasgow (tradução livre de Glasgow Climate Pact). Os pontos a atentar, relacionados ao pacto são: o reconhecimento da emergência climática que já ocasiona consequências adversas; por isso a necessidade de acelerar a acção climática; deixando de usar os combustíveis fósseis; o que necessita esforços para o financiamento climático; apoio para adaptação; operacionalização de to...

Responsabilidade Social da Empresa em tempos de Mudanças Climáticas

Acrescentemos ao título, “em tempos de mudanças climáticas de origem antrópica, de origem humana”. Porquanto, mudanças climáticas é um fenómeno que acompanha a evolução humana, porém, nos últimos tempos temos verificado alguma acentuação nas causas, intensidade e consequências das mudanças climáticas. E para melhor percebermos o porquê desse incremento, talvez as quatro revoluções industriais oferecem elementos de elucidação (Nacir, 2018) . Primeiro, temos a revolução industrial inglesa (séculos XVI e XVII), isto é, 1765 e a criação da máquina à vapor, máquina de tecer e o uso do comboio como dos principais meios de transporte de mercadorias.   Segundo, a revolução de 1870 – descoberta da eletricidade, descoberta e uso do gás natural (e a produção de fertilizantes para o uso agrícola) e a descoberta do petróleo. Terceiro, a revolução nuclear e tecnológica de 1969, porquanto houve nesse período a descoberta da energia nuclear e os avanços tecnológicos. Quarto, por fim, a revolução...

Conversas sobre (i) Desenvolvimento Sustentável e (ii) Relações entre Povos.

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Um novo mecanismo de avanço do debate sobre diversos assuntos: conversas, abertas e inclusivas, com a possibilidade de contribuição simbólica pelos participantes (acima de 50mt) .  O objectivo é de tornar o conhecimento acessível e facilitar a percepção do mundo, a agentividade e a tomada de decisão. O primeiro  encontro esta marcado para o dia 23 de dezembro, quarta feira, via Google Meeting, a decorrer entre 16h45-18h. Para participar, basta enviar-nos uma mensagem. Pode nos contactar aqui, no Instagram, YouTube e Facebook .   

Impacto ecológico e impacto ambiental: falamos do mesmo fenómeno?

Muitas vezes usamos inadvertidamente as noções de impacto ecológico e impacto ambiental. Poucas vezes, entretanto, nos indagamos se existe aí uma relação de sinonímia. Vejamos de forma breve e exemplificada a diferença e semelhança entre ambas ideias. A pertinência dessa análise fundamenta-se no facto dessas palavras estarem constantemente a ganhar uso devido ao desiderato do desenvolvimento sustentável, qual acompanha as nossas vidas, directa ou indirectamente. Talvez, antes, seja prudente voltar aos conceitos de ecologia e de ambiente. Por um lado, ultimamente a palavra ambiente tornou-se polissémica. Mas atentemos para a definição de Canivet, Lavrysen e Guihal (27 :2006) que consideram o ambiente como aquilo que nos circunda. Primeiro, acaso informar que a ideia inicial sobre o que nos circunda está relacionada à aspectos naturais, isso é, que não foram produzidos pelo Homem. Segundo, de forma quase desafiadora a ideia precedente, temos de notar que, nós somos também circundad...

A Nossa Culpa

A Nossa Culpa ….   …   … ……. L : Ah! Mas de quem é a culpa? Porquê estamos nesta situação? B : Talvez a culpa seja de todos nós. Uns até contribuem para a desmeritarizição da sociedade. para a valorização do demérito na sociedade. Outros, apáticos, assistem esse processo. E poucos tentam melhorar alguma coisa. Doutro modo, li noutra vez que 33% das pessoas procuram fazer algo de errado, outros 33% procuram fazer algo de certo e outros 33% assistem essa dualidade. C : Hummmmm!!! Como assim? B : Veja que todos reclamamos dos problemas sociais existentes, i.e., corrupção, criminalidade, degradação moral, por aí em diante. Mas poucos nos perguntamos qual é o nosso papel nesses problemas. Tanto na causa, assim como na resolução. L : Não percebo. Podes elaborar? B : Dizem que os exemplos nos ajudam a compreender melhor, então, vou exemplificar. Veja os motoristas e cobradores de chapa/transportes públicos (chapeiros); alguns deles encurtam rotas, outros não cumprem com...

A esperança não é um sentimento imaginário e nem distante, mas prático e próximo!

A esperança não é um sentimento imaginário e nem distante, mas prático e próximo! Quando pensamos em esperança, a priori lha percebemos como um ideal. A esperança é tida como algo teórico que não oferece conteúdo prático, e se oferece é de forma distante e não próxima. Por isso que a importância da palavra esperança é relativamente baixa. Pensemos na frase “tenha esperança que os problemas irão acabar”. Essa frase nos transmite a ideia de futuro, de distância (“os problemas IRÃO acabar,” mas “não acabaram”). E muitas vezes, termina aí. Poucos são os que agem paralelamente a esperança. Muitos esperam, tanto é que, a esperança é um substantivo que se relaciona etimologicamente ao verbo esperar, ESPERA[R]nça. Entretanto, a palavra esperança não pode nos deixar inativos. A esperança não é imaginaria, mas prática. Porquanto, existe a necessidade de manter a acção para que a esperança se materialize. Certo, a esperança é uma crença. E muitas vezes confundimos crença com inação. Por iss...

Pode a Síndrome de Estocolmo Explicar as Relações Internacionais Pós-Coloniais? De Uma Abordagem Quase Ucrónica.

Pode a Síndrome de Estocolmo Explicar as Relações Internacionais Pós-Coloniais? De Uma Abordagem Quase Ucrónica.   Existirá um Eros subconsciente entre as antigas colónias e as antigas metrópoles? Antes, façamos uma breve revisão das palavras-chaves para perceber o presente texto. Tais palavras são: Síndrome de Estocolmo, Relações Internacionais (RI) e pós-colonial. Primeiro, Síndrome de Estocolmo é uma resposta psicológica aonde um cativo começa a identificar-se favoravelmente com seus captores, incluindo a agenda e demanda desses últimos  (Lambert, 2020) . Esta designação inspira-se de uma situação de roubo que aconteceu em Estocolmo, na Suécia, quando em agosto de 1973 quatro reféns ficaram cativos por seis dias. Entretanto, durante esse período e após essa situação, os reféns desenvolveram sentimentos de proximidade com os raptores. Doravante passou-se a designar toda situação aonde os reféns desenvolvem afinidades e sentimentos de simpatia ou amizade para com os ra...