Da necessidade de uma reconceptualização do “lixo”
Da necessidade de uma reconceptualização do “lixo” Os conceitos ajudam-nos a perceber e forjar a nossa representação do mundo. Eles permitem que se crie uma relação entre a ideia e a matéria. Começam essa projeção do entendimento para a agentividade. Por isso os usamos. E por isso o conceito de “lixo” merece uma revisão. Aliás, ousemos: uma reconceptualização. O lixo é comumente conceptualizado como “[r]esíduo [isso é, resto] resultante de actividades domésticas, comerciais, industriais, etc., e que se deita fora.; detritos, sobras.” (Dicionario Priberam, 2020) . Depois, no estado de natureza, não existe o conceito sintético e prático de lixo. Atentemos para o facto de que o “(…) conceito de lixo está ligado a um produto que foi descartado e que não tem valor nenhum. (…) Portanto, as causas do lixo [são] puramente uma acção humana de descarte de um produto. Se (…) observar bem, na natureza o ser humano é o único animal que produz lixo” (Machado, 2020) . E um complemento técnico p