A Complementaridade das Estratégias de Combate ás Mudanças Climáticas: Adaptação, Mitigação e Resiliência.
As mudanças climáticas
são uma condição ubíqua nos dias que correm. Isso é, são um assunto corrente e
incontornável, na vida dos cidadãos e dos Estados. Elas podem ser definidas
como as alterações no clima da terra decorrente de factores naturais e humanos.
O ciclo solar cria alterações na temperatura da terra, mas também a
deflorestação o faz; a primeira é exemplo do que chamamos de alterações por causas
naturais, enquanto para as segundas nos referimos como alterações induzidas por
atividade humana, ou antrópicas. Ora, essa condição ubíqua das mudanças
climáticas veeem exigindo esforços contínuos dos Estados, Organizações
Internacionais, Indivíduos, Organizações Não Governamentais e outras entidades,
nacionais e internacionais.
Os esforços
direcionam-se ao combate às mudanças climáticas, porquanto essas tem o
potencial de alterar a vida na terra como a conhecemos. Aliás, já não é apenas
potencial; as mudanças climáticas tem alterado as condições de vida em todo
mundo
Antes, porém, passemos
para considerações conceptuais, para que seguidamente as possamos relacionar.
Por um lado, adaptação é o processo de antecipação aos efeitos adversos das
mudanças climáticas por meio de mudanças estruturais e comportamentais
Percebemos então que
todos esses elementos estão interconectados, interdependentes,
inter-relacionados. Aliás. Mehryar (Ibid) considera que nalgumas vezes os
conceitos de adaptação e resiliência são usados inadvertidamente, no discurso
acadêmico e político, para significar o mesmo fenômeno. Secundando a
importâncias das estratégias de combate às mudanças climáticas, a Organização
das Nações Unidas (ONU) recomenda que os países façam face as mudanças
climáticas, em geral, e os eventos climáticos extremos, em particular por meio
da adaptação e mitigação. Adaptar-se as consequências das mudanças climáticas;
e mitigar (reduzir) as atividades que causam mudanças climáticas
A perspectiva deste
ensaio é de que a adaptação, mitigação e resiliência são partes completares de
um mesmo objeto. Sendo a resiliência a consequência de uma relação anterior
entre adaptação e mitigação. O objeto são as mudanças climáticas que afetam o
planeta terra e contra as quais precisa-se de medidas assertivas. Ora, a ideia
de mudanças estruturais e comportamentais no âmbito da adaptação nos remete a
construção de diferentes infraestruturas de uma forma diferente da que era
feita no passado, por exemplo, instalação de diques mais resistentes à chuva
severa e que canalizem a água para conservação. E as mudanças comportamentais
nos remetem, por exemplo, a flexibilidade dos camponeses na escolha das
melhores épocas para sementeira e consequente colheita. Esses dois elementos,
embora da adaptação vão se relacionar com a florestação, por exemplo.
Destarte, nessa
relação, a florestação combinada com a construção de diques resistentes as
chuvas, se nos atermos ao exemplo acima exposto, pode ter um duplo efeito, na
mesma região geográfica. Os diques contem a água, no período chuvoso, as
florestas permitem a criação de microclimas relativamente saudáveis. E esses
dois aspectos implementados na mesma região geográfica podem permitir que os
extremos de temperatura e efeitos climáticos seja reduzido. Podem criar um
equilíbrio face os efeitos adversos e extremos das mudanças climáticas.
Demonstramos então uma simbiose entre adaptação e mitigação, entre mitigação e
adaptação. Os exemplos são vários, principalmente os teóricos; claramente, eles
precisam demonstrar a aplicabilidade pratica.
Contudo, com a junção
de atividades de adaptação às atividades de mitigação, pode-se conseguir uma
sociedade resiliente. Continuemos com o exemplo proposto. Em caso de chuvas
intensas e disruptivas, em termos de época, os diques poderão ter a função de
direcionar a agua para zonas de cultivo que requeiram pântanos ou humidade
excessiva. Assim, não apenas se resistiria ao choque, como também usávamos o
choque ao nosso favor – seriamos mais do que resilientes: seriamos anti-frageis
(um tópico por explorar mais).
Porquanto, a
resiliência permite a recuperação pós-choque, a antifragilidade permite fazer
com que o choque torne o sistema melhor. É assim que a mudança de paradigmas
estruturais e comportamentais por meio de ações assertivas pode nos permitir
posicionar-se adequadamente face os desafios das mudanças climáticas. Então, as
estratégias de combate as mudanças climáticas, como a adaptação, a mitigação e
a resiliência sao complementares e permitem quando pensadas de tal forma o
alcance de resultados mais sólidos e sustentáveis.
Referências Bibliográficas
European
Environment Agency. (02 de Abril de 2023). European Environment Agency.
Fonte:
www.eea.europa.eu:
https://www.eea.europa.eu/help/faq/what-is-the-difference-between#:~:text=In%20essence%2C%20adaptation%20can%20be,(GHG)%20into%20the%20atmosphere.
Mehryar, S. (12 de Setembro de 2022). The London School of Economic and Political Science -
Grantham Research Institute on CLimate Change and The Environment. Fonte: www.lse.ac.uk: https://www.lse.ac.uk/granthaminstitute/explainers/what-is-the-difference-between-climate-change-adaptation-and-resilience/#:~:text=Such%20measures%20could%20include%20building,pollution%20and%20cool%20urban%20areas.
Nacoes Unidas - Brasil. (23 de Fevereiro de 2023). Nacoes Unidas,
Brasil. Fonte: www.brasil.un.org:
https://brasil.un.org/pt-br/213450-eventos-climaticos-extremos-mostram-necessidade-de-mais-acoes-em-2023
NASA. (25 de Fevereiro de 2023). Climate Nasa. Fonte:
climate.nasa.gov: https://climate.nasa.gov/solutions/adaptation-mitigation/
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