OS BIOCOMBUSTÍVEIS E O COMBATE AO AQUECIMENTO GLOBAL


“ (…) São combustíveis de origem biológica. São fabricados a partir de vegetais, tais como, milho, soja, cana-de-açúcar, (…), entre outros.” Esta é uma das definições que se dá aos biocombustíveis. Ademais, “(…) é todo combustível derivado de fonte orgânica e não fóssil, como por exemplo, o álcool etanol, a biomassa ou o biodiesel.” No presente texto exporemos algumas características dos biocombustíveis e como podem auxiliar no combate ao aquecimento global, resultante das mudanças climáticas.

Existem múltiplas opiniões e perspectivas sobre as causas das Mudanças Climáticas (consequentemente, do aquecimento global), todavia, nos concentremos nas antropogénicas – relativas ao homem – visto que o advento da modernização é que tornou evidente e polarizador este assunto, na perspectiva que se apresenta aqui. A causa antropológica que merece menção é, a emissão de gases de efeito estufa à atmosfera muito em conta da queima dos combustíveis fósseis, principalmente o petróleo, gás natural e o carvão mineral; contendo estes grandes quantidades de dióxido de carbono.

Vantagens e aplicabilidade dos biocombustíveis

Os biocombustíveis vem se evidenciando como um aliado ao combate às mudanças climática, acontecendo o contrário em relação aos combustíveis fósseis. Desse modo, por forma à reduzir a emissão de gases de efeito estufa à atmosfera e, consequentemente, combater o aquecimento global, precisamos de usar menos, eventualmente parar de usar, os combustíveis fósseis.

Daí, a importância dos biocombustíveis. Os combustíveis fosseis têm menor impacto na poluição, comparado aos fosseis, já que em muitos casos os biocombustíveis libertam o dióxido de carbono em pequena escala e depois reabsorvem o mesmo.
Adicionalmente, os biocombustíveis têm a característica de renovabilidade, isso é, são sustentáveis ao longo prazo; não acontecendo o mesmo com os combustíveis fosseis. A título de exemplo, se determinado produtor de petróleo têm 100 baris por processar, após o uso dos 100 (cem) baris, já não terá mais petróleo; por seu turno, se determinado produtor de etanol tem 1 (um) hectare para processar a cana-de-açúcar – que produz etanol –, depois que esgotada a produção, pode voltar a produzir a cana-de-açúcar no mesmo espaço ou não, contudo, pode voltar a produzir, não acontecendo o mesmo com o primeiro.

Quanto à aplicabilidade, os biocombustíveis podem substituir os combustíveis fosseis nas suas funções. Com isso diz-se, os “biocombustíveis podem ser usados em veículos (carros, caminhões, tratores, etc.) integralmente ou misturados com combustíveis fósseis”. O diesel pode ser misturado com biocombustível. Na gasolina pode também ser adicionado o etanol. Importa mencionar que os principais biocombustíveis são: etanol, biogás, bio etanol, bio éter e biodiesel.

Como praticamente tudo relacionado à vida humana, os biocombustíveis apresentam desvantagens: “a produção de biocombustíveis tem diminuído a produção de alimentos no mundo. Buscando lucros maiores, muitos agricultores preferem produzir milho, soja (…) e cana-de-açúcar para transformar em biocombustível”. Preterindo assim, a produção para alimentação. Outro aspecto, é a desflorestação de extensas florestas para o cultivo de culturas que favorecem os biocombustíveis. Contudo, através desses alimentos percebe-se que não são todos produtos alimentares que expõem-se ao risco, com o advento dos biocombustíveis.

Produção dos biocombustíveis

Tornando-se uma realidade, a produção dos combustíveis fosseis passou a crescer de ano para ano. De tal forma que actualmente, produz-se mais de 70.000.000 (setenta milhões de toneladas). Segue a sequência dos 8 (oito) maiores produtores, do primeiro ao oitavo: Estados Unidos da América, Brasil, Alemanha, Argentina, Indonésia, França, China e Holanda.

Portanto, o uso dos biocombustíveis pode reduzir em demasiado os danos à natureza. Contudo, ainda é difícil para os países, principalmente os em desenvolvimento, abdicar o uso dos combustíveis fósseis – à primeira vista tidos como mais rentáveis – e atrelarem suas economias aos biocombustíveis. Facto perceptível, se considerar-se que os países hoje tido como desenvolvidos usaram intensamente os combustíveis fosseis. Em suma, a troca entre o uso de combustíveis fósseis para o uso dos biocombustíveis deve ser um processo gradual e não brusco, sob o risco de se causar danos à economia dos países.

Por:
Amade Casimiro Nacir

Parte da informação retirada de:
https://engenheironaweb.com/2016/10/11/8-paises-que-mais-produzem-biocombustiveis-no-mundo/



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